Os cálculos renais, também conhecidos como “pedras nos rins”, são formações sólidas compostas por minerais que se desenvolvem dentro dos rins. Cerca de 80% dessas pedras são compostas por sais de cálcio, como oxalato de cálcio e fosfato de cálcio. Além disso, existem outros cálculos menos frequentes como cálculos à base de ácido úrico, estruvita (magnésio + amônia + fosfato) e cistina. A formação ocorre quando a urina fica super saturada com sais, levando à precipitação e aglomeração desses minerais nas vias urinárias. A avaliação clínica inclui exames de sangue, urina e imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada de abdome e pelve.

A avaliação metabólica de pacientes com cálculos renais é essencial para identificar fatores de risco e causas subjacentes. Ela inclui exames laboratoriais para avaliar distúrbios metabólicos, como hipercalciúria, hiperoxalúria e hipocitratúria. O tratamento clínico pode envolver medidas como aumento da ingestão hídrica, modificação dietética e uso de medicamentos para prevenir a formação de novos cálculos.

As principais cirurgias para o tratamento de cálculos renais ou ureterais são hoje realizadas através de técnicas minimamente invasivas utilizando tecnologias para fragmentação dos cálculos como o laser e a litotripsia ultrassônica.
Ureteroscopia ou ureterorrenolitotripsia a laser: usada para eliminar pedras com menos de 20 mm. Um fino ureteroscópio é introduzido desde a uretra até o ureter ou rim fornecendo as imagens do interior das vias urinárias. Após a visualização do cálculo urinário é introduzida a fibra de laser por dentro do ureteroscópio possibilitando a fragmentação dos cálculos.

Nefrolitotripsia percutânea: indicada para tratamento de pedras maiores ou quando há anormalidades anatômicas no rim. Uma pequena incisão na região lombar permite a inserção de um nefroscópio para fragmentar e remover os cálculos com uso de laser ou litotritor ultrassônico.